Bem-vindo à minha caverna. Quem sabe um abrigo, quem sabe um refúgio. Talvez apenas uma entre outras tantas cavernas escuras e sombrias. Quem dera fosse um castelo de fortes muralhas e torres! Mas, ao invés de um rei, apenas um ermitão chato que insiste em tentar ser um espírito livre numa era de pura escravidão.
sexta-feira, agosto 26, 2011
sexta-feira, agosto 12, 2011
O penúltimo
Este é o penúltimo poema da coletânea "Brotos - folhas ao céu, raízes ao solo". Gostaria de comentar que o blog interferiu diretamente no processo de produção, uma vez que estimulou a manter um ritmo de escrita. Inclusive, a maior parte dos poemas são relativamente recentes, justamente após a decisão de usar o blog para postar os poemas. E este poema, especialmente, é um dos meus "filhos prediletos", um trabalho que a gente chega a duvidar que foi feito pela gente :-P.
O DEUS NA SÉTIMA CASA, DECIMAL
é quase nada, arredonda para zero e assume que é erro,
como este do autor, mais um, outro ali e acolá,
aproxima para o vazio e espreita o menor de todos,
até subir aos chãos, à direita da faca pontiaguda e afiada,
cortando palavras como cebola,
chega.
O poema enfim não existe, imaginação pura, ficção de pior espécie,
um monte de gente passando pela cabeça com falas entrecortadas,
mediunidade de terceira com erros grosseiros e não decimais,
chega.
O rádio que não desliga na mente, deuses que zombam de mim e você,
a vida sem passagem, a ponte quebrada no fundo de teu olhar,
e o mundo a um abismo de seus pés,
chega,
pule, arredonda logo para zero, e erga suas preces em nome do nada,
o vazio que se instala no peito, a morte em vida, a vida morrida,
como uma chuva demorada que resfria por fora e por dentro,
e deuses sem deus em todas as casas decimais.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
Tuíte este poema
O DEUS NA SÉTIMA CASA, DECIMAL
é quase nada, arredonda para zero e assume que é erro,
como este do autor, mais um, outro ali e acolá,
aproxima para o vazio e espreita o menor de todos,
até subir aos chãos, à direita da faca pontiaguda e afiada,
cortando palavras como cebola,
chega.
O poema enfim não existe, imaginação pura, ficção de pior espécie,
um monte de gente passando pela cabeça com falas entrecortadas,
mediunidade de terceira com erros grosseiros e não decimais,
chega.
O rádio que não desliga na mente, deuses que zombam de mim e você,
a vida sem passagem, a ponte quebrada no fundo de teu olhar,
e o mundo a um abismo de seus pés,
chega,
pule, arredonda logo para zero, e erga suas preces em nome do nada,
o vazio que se instala no peito, a morte em vida, a vida morrida,
como uma chuva demorada que resfria por fora e por dentro,
e deuses sem deus em todas as casas decimais.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
Tuíte este poema
O antepenúltimo
Os poemas que tenho divulgado aqui fazem parte de uma coletânea chamada "Brotos - folhas ao céu, raízes ao solo" e foram escritos entre o meio de 2009 e maio de 2011. São, ao todo, 58 poemas, todos compartilhando da idéia que somos sementes e podemos ou não brotar. Pretendo disponibilizar a coletânea completa em breve, em bom pdf, para download. Este é o antepenúltimo poema da coletânea, espero que gostem:
JOÃO E MARIA
Uma gota cai, molha o chão,
se espalha,
até a formiga que corre
com açúcar sobre a cabeça.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
Tuíte este poema
JOÃO E MARIA
Uma gota cai, molha o chão,
se espalha,
até a formiga que corre
com açúcar sobre a cabeça.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
Tuíte este poema
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