Dois poemas incomodam muito mais
O CORVO
A angústia que sobe a tarde agora, respira, conte,
a vida que sopra em pulsos de pequenas agonias,
socos pequenos no peito, e voa, esvoaça,
essa escuridão chega agora em asas e assobia
fino, dói os ouvidos, chiado e ruído,
quando e agora para sempre, como se fosse um mesmo
dito pelo não dito, dito por tudo que acaba em pratos
quebrados e aves depenadas, cobras a passear,
como uma angústia no céu, nuvens e sol pálido.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
Tuíte este poema
Bem-vindo à minha caverna. Quem sabe um abrigo, quem sabe um refúgio. Talvez apenas uma entre outras tantas cavernas escuras e sombrias. Quem dera fosse um castelo de fortes muralhas e torres! Mas, ao invés de um rei, apenas um ermitão chato que insiste em tentar ser um espírito livre numa era de pura escravidão.
quarta-feira, fevereiro 23, 2011
Um poema incomoda muita gente...
Um poema incomoda muita gente...
ALÍVIO
Venta forte lá fora, chuva em gotas pesadas, a grama molhada
e árvores em oração e temor.
E eis que se arranca da alma essa verdade contida, corrompida
por anos e anos de hipocrisia e soslaio.
Mas agora venta forte, lá fora a chuva derruba galhos e latas
e a água da chuva leva adiante papéis e chicletes.
Pois a verdade fugiu, foi para longe e agora não a conheço
nem mesmo com perfumes de deuses em pleno amor.
E ainda venta forte, ponho uma capa vagabunda no corpo,
molho os pés na enxurrada e lavo a cara com a água que cai.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
Tuíte este poema
ALÍVIO
Venta forte lá fora, chuva em gotas pesadas, a grama molhada
e árvores em oração e temor.
E eis que se arranca da alma essa verdade contida, corrompida
por anos e anos de hipocrisia e soslaio.
Mas agora venta forte, lá fora a chuva derruba galhos e latas
e a água da chuva leva adiante papéis e chicletes.
Pois a verdade fugiu, foi para longe e agora não a conheço
nem mesmo com perfumes de deuses em pleno amor.
E ainda venta forte, ponho uma capa vagabunda no corpo,
molho os pés na enxurrada e lavo a cara com a água que cai.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
Tuíte este poema
sexta-feira, fevereiro 04, 2011
Um poema com o espírito do dia
O poema não foi escrito hoje, acho que foi em novembro ou dezembro, mas está caindo como uma luva.
CREDO
Não acredite na fé, ela moverá montanhas por sobre você
e lançará irmão contra irmão.
Não acredite no amor, ele foi inventado em palácios por
covardes que não lutaram por seu amor.
Não acredite na matéria, pois que o universo é nada,
e predomina o vazio.
Não acredite em seu ego, seus neurônios apenas te iludem,
para que penses que pensas.
E por fim, apague este poema, rasgue-o em trezentos pedaços
e viva sua vida plena de luz e agonia.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
Tuíte este poema
CREDO
Não acredite na fé, ela moverá montanhas por sobre você
e lançará irmão contra irmão.
Não acredite no amor, ele foi inventado em palácios por
covardes que não lutaram por seu amor.
Não acredite na matéria, pois que o universo é nada,
e predomina o vazio.
Não acredite em seu ego, seus neurônios apenas te iludem,
para que penses que pensas.
E por fim, apague este poema, rasgue-o em trezentos pedaços
e viva sua vida plena de luz e agonia.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
Tuíte este poema
Assinar:
Postagens (Atom)