Geralmente não costumo comentar sobre o processo de criação, penso que um bom poema é um filho pródigo e tem tantos significados quantos leitores diferentes. Mas este aqui foi escrito num daqueles momentos de perceber que somos praticamente nada frente à imensidão do universo. Leia a notícia inspiradora (dica: leia o poema antes da notícia).
DUAS BOLHAS
E agora que meu universo aumentou, como vou cabê-lo todo
dentro
de mim?
Eu que já não me caibo de erros, pecados e medos,
como vou me conter?
Por mais que supernovas venham e me apontem o apogeu da alma,
meu âmago resiste
com frio
e temor,
um buraco negro que a mim mesmo consome,
e tudo em meu redor,
como se implodisse e explodisse agora e para sempre,
já foi.
E que enfim nasça agora aquilo que nunca veio ao mundo
ou mesmo virá.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
Tuíte este poema
Bem-vindo à minha caverna. Quem sabe um abrigo, quem sabe um refúgio. Talvez apenas uma entre outras tantas cavernas escuras e sombrias. Quem dera fosse um castelo de fortes muralhas e torres! Mas, ao invés de um rei, apenas um ermitão chato que insiste em tentar ser um espírito livre numa era de pura escravidão.
quinta-feira, março 31, 2011
quinta-feira, março 24, 2011
Varrendo o teto
Muito trabalho, antes que o blog crie teias, um poema:
PAPEL DE PRESENTE
Enfim que agora chegastes, partirás?
Para onde enfim que viestes, para que mundos desbravarás
tua alma e teu corpo?
Pois que enfim, chegastes, e já queres partir,
nem ao menos te desembrulhas para mim,
laço por laço, idéia por cabeça,
queres sair como se o mundo fosse apenas o brinquedo que sempre
pedistes
ao mundo,
este que te possui e te inflama e te abre
em pedaços, nem reclamas,
pois que a mim me sobra
apenas uma caixa,
e ficar,
só.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
Tuíte este poema
PAPEL DE PRESENTE
Enfim que agora chegastes, partirás?
Para onde enfim que viestes, para que mundos desbravarás
tua alma e teu corpo?
Pois que enfim, chegastes, e já queres partir,
nem ao menos te desembrulhas para mim,
laço por laço, idéia por cabeça,
queres sair como se o mundo fosse apenas o brinquedo que sempre
pedistes
ao mundo,
este que te possui e te inflama e te abre
em pedaços, nem reclamas,
pois que a mim me sobra
apenas uma caixa,
e ficar,
só.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
Tuíte este poema
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