Um poema escrito em julho ou agosto (não me lembro):
MERCÚRIO
Teus olhos líquidos me encaram, dilatam-se,
navalha na carne, puro bisturi,
eis me agora em febre, fervendo os ossos,
dilui a mente em agonia, mundos em caos,
acende a chama interna, um frio terrível,
Dante me acompanha e ri de mim até agora.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
Tuíte este poema
Bem-vindo à minha caverna. Quem sabe um abrigo, quem sabe um refúgio. Talvez apenas uma entre outras tantas cavernas escuras e sombrias. Quem dera fosse um castelo de fortes muralhas e torres! Mas, ao invés de um rei, apenas um ermitão chato que insiste em tentar ser um espírito livre numa era de pura escravidão.
quarta-feira, novembro 10, 2010
sexta-feira, novembro 05, 2010
Um final de semana dissonante ao leitor
Um poema para o final de semana, escrito também em julho (acho).
DISSONANTE
Nesse espelho, luz, reflexos sombrios, palidez em tons azulados de cinza,
e um cavalo esvoaçante em saltos trôpegos e arredios,
afinal o que estávamos mesmo olhando quando abriste a porta?
Sim, sei disso, mas não adianta mesmo, esse espelho pálido não tem conserto,
mostra você como é realmente, incluindo esse azul pálido na testa, e as cinzas
esvoaçantes de um papel queimado, como um cavalo pulando a cerca
e indo embora para outros pastos,
um cavalo que bebe água fresca em rios sem torneiras, sem mesmo,
e um assunto, qual era mesmo o assunto?
Não, tá errado isso, não era sobre isso, tinha um espelho quebrado, ou
estava apenas pálido e apagado,... sim era apenas você pálido em frente a
seu reflexo cinza, e um azulão pulando sua cerca e estilhaçando.
Cacos e pedaços de madeira de espelho para tudo quanto é lado.
DISSONANTE
Nesse espelho, luz, reflexos sombrios, palidez em tons azulados de cinza,
e um cavalo esvoaçante em saltos trôpegos e arredios,
afinal o que estávamos mesmo olhando quando abriste a porta?
Sim, sei disso, mas não adianta mesmo, esse espelho pálido não tem conserto,
mostra você como é realmente, incluindo esse azul pálido na testa, e as cinzas
esvoaçantes de um papel queimado, como um cavalo pulando a cerca
e indo embora para outros pastos,
um cavalo que bebe água fresca em rios sem torneiras, sem mesmo,
e um assunto, qual era mesmo o assunto?
Não, tá errado isso, não era sobre isso, tinha um espelho quebrado, ou
estava apenas pálido e apagado,... sim era apenas você pálido em frente a
seu reflexo cinza, e um azulão pulando sua cerca e estilhaçando.
Cacos e pedaços de madeira de espelho para tudo quanto é lado.
quinta-feira, novembro 04, 2010
Um poema para a quinta-feira
Um poema para a quinta-feira, escrito em julho:
O DEUS MORTO EM VÉSPERA DE FERIADO
Eu menti, disse que te criei a minha imagem e semelhança, mas foi mesmo um mero
descuido.
Barro que é pó, voltarás, enfim, resta descansar o sétimo dia em cima desta maldita
árvore.
Pois que esse tédio tamanho não completa, não elucida tua alma, vento que sopra
para longe
e enfim
volta para dentro de si, como se agora não restasse mesmo mais nada a fazer.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
Tuíte este poema
O DEUS MORTO EM VÉSPERA DE FERIADO
Eu menti, disse que te criei a minha imagem e semelhança, mas foi mesmo um mero
descuido.
Barro que é pó, voltarás, enfim, resta descansar o sétimo dia em cima desta maldita
árvore.
Pois que esse tédio tamanho não completa, não elucida tua alma, vento que sopra
para longe
e enfim
volta para dentro de si, como se agora não restasse mesmo mais nada a fazer.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
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